Craque não marca contra arquirrival há um ano, mas está perto de assumir vice-artilharia do clássico. Vice em 2011, Mourinho desdenha da Supercopa
Lionel Messi, em especial quando veste a camisa do Barcelona, é sinônimo de genialidade. E de gols. Em um ano, no entanto, o craque argentino viu surgir uma palavra quase que desconhecida em seu vocabulário: o jejum. Passar em branco contra o arquirrival Real Madrid de Cristiano Ronaldo nos últimos quatro jogos - ou 362 minutos - certamente não fazia parte de seus planos, ainda mais quando acostumou-se a ser o fator desequilibrante em cada compromisso do time catalão. De uma só vez, o camisa 10 tem a chance de pôr fim à pequena escrita e ainda se consolidar como ao menos o terceiro maior artilheiro do clássico. Será nesta quinta-feira, a partir das 17h30m (de Brasília), no Camp Nou, pelo primeiro confronto da Supercopa da Espanha. O GLOBOESPORTE.COM acompanhará em Tempo Real.
O último gol de Messi no Real Madrid foi justamente pela Supercopa. Gols, na verdade. Foram dois marcados no dia 17 de agosto, na vitória por 3 a 2, também no Camp Nou, que terminou com uma confusão generalizada após um carrinho violento do brasileiro Marcelo em Cesc Fàbregas. Minutos depois, o técnico José Mourinho agrediria o então assistente Tito Vilanova com um dedo no olho e iniciaria uma novela até que o português fosse absolvido. A partida, portanto, também marcará um reencontro - possivelmente mais amigável - entre Mourinho e o agora treinador do Barça.
Voltemos a Lionel Messi. Desde então, o atacante enfrentou o Real Madrid em quatro oportunidades: duas pelas quartas de final da Copa do Rei (vitória por 2 a 1 e empate por 2 a 2) e duas pelo Campeonato Espanhol (vitória por 3 a 1 e derrota por 2 a 1). Dos oito gols marcados, ele participou diretamente com três assistências. Um simples gol nesta quinta já significará ao menos a terceira colocação na artilharia do confronto, com 14 gols, empatado com Puskas e Gento, do Real Madrid, e César, do Barcelona, a quem superou na última temporada no ranking do clube catalão. Raúl González (15) e Alfredo Di Stéfano (18), ambos pelo time merengue, estão à frente.
Supercopa com gigantes apenas pela 4ª vez
Disputada desde 1982, a Supercopa terá pela quarta vez os dois gigantes: os madrilenhos por terem conquistado o Campeonato Espanhol, e os catalães devido ao título da Copa do Rei. A vantagem é do Real Madrid, campeão em 1988 e 1993, enquanto o Barça levou a melhor na última temporada, depois de empate em 2 a 2 no Santiago Bernabéu, e a vitória por 3 a 2 no Camp Nou.
Neste ano, as equipes disputam o torneio já com o Campeonato Espanhol iniciado. A equipe azulgrená largou melhor, vencendo o Real Sociedad por 5 a 1, enquanto o time da capital empatou em casa com o Valencia, em 1 a 1.
Para a partida desta quinta-feira, o novo técnico da equipe catalã terá quase todo o elenco a disposição, inclusive Piqué, Iniesta e Alexis Sanchez, poupados contra o Real Sociedad, e o volante camaronês Alex Song, contratado recentemente junto ao Arsenal. Com opções, o técnico tem algumas dúvidas, principalmente para montar o miolo de zaga, que pode ser ocupado pelos habituais Puyol e Piqué, mas que também pode ter a presença de Mascherano e Song, ao lado de um dos dois espanhóis. Do meio para a frente, Busquets, Xavi, Iniesta e Messi têm lugares cativos. Resta saber os dois comandantes de ataque. Fàbregas, Pedro, Sánchez e Villa disputam posição.
Mourinho 'desdenha' de título
O Real Madrid, que começa a temporada com poucas novidades no elenco, o próprio José Mourinho já admitiu que não se importaria de repetir o roteiro recente, ou seja, perder a Supercopa e depois conquistar o Campeonato Espanhol.
- Se pudesse escolher, escolheria perder agora a Supercopa e ganhar o campeonato (espanhol) como na temporada passada. Penso que essa é a competição menos importante das quatro que jogaremos (as outras são Liga dos Campeões, Copa do Rei e Campeonato Espanhol). Claro que queremos vencer e o nosso adversário também, mas não influencia na sequência da temporada - afirmou, em entrevista coletiva na última quarta.
O principal desfalque para a partida do Camp Nou será o zagueiro luso-brasileiro Pepe, que sofreu um traumatismo craneoencefálico após se chocar com o goleiro Iker Casillas, durante a partida contra o Valencia, no domingo. Com isso, Raúl Albiol formará a dupla de zaga com Sergio Ramos.
Depois de liderar os merengues ao título nacional, Cristiano Ronaldo é nome confirmado para o duelo. Ao seu lado, no setor ofensivo, deve estar Benzema, apesar de mistério feito por Mourinho, que pode optar por Higuaín, que foi bem nos clássicos da última temporada, além de ter começado como titular no domingo, fazendo, inclusive, o gol do Real. Outra mudança em relação a estreia no Espanhol é a volta de Sami Khedira, que deve ganhar a vaga de Lass Diarra. Já o brasileiro Marcelo, recém-chegado da seleção brasileira, deve permanecer no banco de reservas.
O duelo de volta da Supercopa da Espanha acontecerá na próxima quarta-feira, dia 29, no Santiago Bernabéu. Quem fizer mais pontos leva o título, em caso de empate na pontuação, o desempate é feito pelo saldo de gols. Persistindo a igualdade, os gols marcados fora de casa são usados para decidir o duelo. Se ainda assim, não for possível definir o campeão, há disputa de prorrogação e pênaltis.
Confira as prováveis escalações:
Barcelona: Valdés, Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Jordi Alba; Busquets, Xavi e Iniesta; Fabregas (Villa), Messi e Alexis Sánchez (Pedro). Técnico: Tito Vilanova.
Real Madrid: Casillas, Arbeloa, Raúl Albiol, Sergio Ramos e Fábio Coentrão; Khedira e Xabi Alonso; Di María, Özil e Cristiano Ronaldo; Benzema (Higuaín). Técnico: José Mourinho.
Árbitro: Clos Gómez.
Fonte: GLOBOESPORTE.COM e agência de notícias
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