Os consumidores cearenses terão de se habituar, em breve, a uma nova estruturação tarifária de energia, chamada de tarifa branca. Diferentemente do que ocorre na sistemática atual, em que a preço cobrado é a mesmo durante todo o dia, serão estabelecidas faixas de horários específicas de consumo. Em cada uma delas, incidirá um valor. Por exemplo: no período de pico de utilização, que, no caso da Coelce (Companhia Energética do Ceará), deverá ser das 17h30 às 20h29, será cobrada uma tarifa mais cara. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), esse intervalo de tempo é considerado superior, porque o sistema está mais sobrecarregado.
De 16h30 até 17h29 e de 20h30 até 21h30, o valor que incidirá para os clientes será intermediário. Já nas horas restantes, ou seja, de 21h31 a 16h29 do dia seguinte, a utilização de energia será mais barata. "Você vai poder esperar um pouco para usar o secador de cabelo, temperaturas mais baixas de ar-condicionado e, assim, economizar", comenta André Pepitone, diretor da Aneel, destacando que a tarifa mais leve irá vigorar na maior parte do dia. De acordo com ele, é possível chegar a uma economia de cerca de 20% com esse modelo.
O que falta?
Para que a nova metodologia entre em vigor, dois fatores são necessários, conforme ressalta Pepitone. O primeiro deles é a concessionária do local ter passado pelo 3º ciclo de revisão tarifária, processo já atravessado pela Coelce. O segundo e mais complexo é a presença de medidores inteligentes, que deverão ser regulamentados pela Aneel ainda nesse mês.
Somente trocando os aparelhos atuais (analógicos) pelos mais modernos, será possível mensurar o consumo diferenciado por faixas horárias. Quando as condições estiverem de acordo com as exigências da Agência, haverá um prazo para adaptação e, posteriormente, a implementação do futuro sistema de cobrança.
A modalidade tarifária branca valerá para consumidores de baixa tensão - os residenciais, comerciais, industriais e de áreas rurais -, mas não afetará iluminação pública e consumidores de baixa renda.
Mais cores
Outra mudança, válida a partir de janeiro de 2014, é a criação das bandeiras tarifárias verde, amarela e vermelha, que funcionarão como um semáforo, refletindo em diferença de tarifa para o consumidor. A verde significa custos baixos para gerar a energia. A amarela indicará um sinal de atenção, pois os custos de geração por parte da concessionária estão aumentando.
Por sua vez, a vermelha sinalizará que a situação anterior está se agravando e a oferta de energia para atender à demanda dos consumidores está ocorrendo com maiores gastos, como por exemplo, o acionamento de grande quantidade de termelétricas para gerar energia, que é uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas. O público alvo serão todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), de alta e baixa tensão. Em 2013, espera-se que esse regime seja iniciado em fase de teste.
ECONOMIA
20% poderá ser a redução na conta de luz, se o consumidor utilizar a energia de modo consciente, nas horas mais baratas
Fonte: Diário do Nordeste
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